domingo, 26 de abril de 2015

política 1 bimestre-2015

Os impasses ou dificuldades do SUS 
  Apesar dos seus inegáveis avanços, como atestam os números citados anteriormente, a construção do SUS encontra vários entraves, entre os quais destacamos, para os propósitos do presente texto, apenas dois, até porque eles com certeza impactam diretamente no seu trabalho como membro de uma equipe de saúde da família: a) o subfinanciamento; b) as insuficiências da gestão local do SUS. a. O subfinaciamento, isso é, os recursos destinados à operacionalização e financiamento do SUS, fica muito aquém de suas necessidades. Para Nelson Rodrigues dos Santos (SANTOS, 2007), “a atualização do financiamento federal segundo a variação nominal do PIB não vem sequer acompanhado o crescimento populacional, a inflação na saúde e a incorporação de tecnologias. Mantém o financiamento público anual per capita abaixo do investido no Uruguai, Argentina, Chile e Costa Rica e por volta de 15 vezes menor que a media do praticado no Canadá, países Europeus, Austrália e outros. Também é fundamental ter presente que a indicação de 30% do Orçamento da Seguridade Social para a Saúde, como era previsto nas Disposições Constitucionais Transitórias (DCT) da Constituição, era o mínimo para iniciar a implementação do SUS com Universalidade, Igualdade e Integralidade. Se tivesse sido implementada tal medida, hoje haveria R$ 106,6 bilhões para o financiamento do sistema e não aos R$ 48,5 bilhões aprovados para o orçamento federal de 2008. O financiamento do SUS é marcadamente insuficiente, a ponto de impedir não somente a implementação progressiva/incremental do sistema, como e principalmente de avançar na reestruturação do modelo e procedimentos de gestão em função do cumprimento dos princípios Constitucionais”. Para quem trabalha na Estratégia da Saúde da Família, tal insuficiência é sentida, principalmente, quando há necessidade de se acessar os outros níveis de maior complexidade do sistema, cuja oferta parece sempre aquém das demandas. Por outro lado, o autor destaca que “houve também a opção dos governos pela participação do orçamento federal no financiamento indireto das empresas privadas de planos e seguros de saúde por meio da dedução do IR, do co-financiamento de planos privados dos servidores públicos incluindo as estatais, do não ressarcimento ao SUS pelas empresas do atendimento aos seus afiliados, pelas isenções tributárias e outros, que totalizada mais de 20% do faturamento do conjunto dessas empresas”. b. As insuficiências da gestão local do SUS. A gestão municipal dos recursos do SUS vem funcionando apenas em parte – sem desconsiderar que os recursos para o SUS são insuficientes. A gestão municipal é idealizada pelo projeto da Reforma Sanitária Brasileira como mais eficaz, porque “estaria mais próxima dos cidadãos” e mais sensível aos seus POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE NO BRASIL Especialização em Saúde da Família 41 anseios. O SUS denomina como “gestão local” conjunto de atividades desenvolvidas pelos gestores municipais, visando a operacionalização, na prática e em seus contextos sócio-político-institucionais singulares, das grandes diretrizes política do Sistema Único de Saúde. Pesquisadores do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo realizaram recente pesquisa em 20 pequenos municípios de duas regiões de saúde próximas a São Paulo. Por serem municípios pequenos, estes funcionaram como um verdadeiro “laboratório” de observação das reais condições de operacionalização em muitos municípios brasileiros, já que pouco mais de 80% dos municípios do país têm menos de 20 mil habitantes. Vejamos alguns dados sobre a operacionalização real do SUS mostrados pelo estudo (CECÍLIO et al., 2007): • A baixa resolutividade da rede básica de serviços montada no país desde a década de 1980, mas acelerada nos anos 1990, fruto de uma gestão do cuidado desqualificada, em particular pela realização de uma clínica degradada, pela baixa capacidade de construção de vínculo e produção de autonomia dos usuários. Tem havido grande dificuldade de produção de alternativas de cuidado ao modelo biomédico e sua poderosa articulação com o complexo médico-industrial e acelerado processo de incorporação tecnológica. Isso tem resultado em encaminhamentos desnecessários e excessivos, e alimenta as filas de espera em todos os serviços de média e alta complexidade, além de resultar na fragmentação dos cuidados prestados; na repetição desnecessária de meios complementares de diagnóstico e terapêutica; numa perigosa poliprescrição medicamentosa; na confusão e isolamento dos doentes, e inclusive na perda de motivação para o trabalho por parte dos clínicos da rede básica. Saiba Mais... O modelo biomédico (Biomedicina) é construído a partir da forte ênfase e valorização da materialidade anatomo-fisiológica do corpo humano e a possibilidade de se produzir conhecimentos objetivos sobre seu funcionamento normal e suas disfunções, o que permitiria “intervenções” para a volta à “normalidade”. Este seria o papel principal da Medicina. Metaforicamente, podemos dizer que o corpo é pensado como uma “máquina”. É inegável que a Medicina tecnológica mesmo operando com tal modelo “reducionista” tem contribuído para uma formidável melhoria nos indicadores de saúde, inclusive para o aumento da perspectiva de vida. No entanto, hoje temos a compreensão de que é necessário operar com uma combinação mais complexa de saberes, enriquecida por outras contribuições além da biomedicina (psicanálise, psicologia, ciências humanas, saberes populares etc.), se quisermos ampliar no sentido de produzir um cuidado mais integral. • Os modelos assistenciais e consequentes modos de organização de processos de trabalho adotados na rede básica de saúde têm resultado, quase sempre, em pouca flexibilidade de atendimento das necessidades das pessoas e dificuldade de acesso.

COMENTÁRIO!!
  Falam,  mas poco fazem, dizem que tem hospitais suficientes para as pessoas, mas não tem. Quantas vezes cansei de ligar a TV e estar no jornal, pessoas reclamando que seus filhos ou pais morreram porque não tinha médicos ou aparelhos para usar nos pacientes. Todos os os anos falam que vão melhorar e construir hospitais, mas do que adianta construir e não ter médicos que trabalhem.
  A falta de escolas também é outo problema, muitos professores faltam ou não tem aula. Eu fico esperando a mudança, fico esperando a conscientização dos políticos será que eles nunca vão cansar de tentar  nos enganar, sera mesmo que vamos viver esperando o resto da vida um mundo melhor, só queremos dias melhores e não dias perfeitos.




quarta-feira, 22 de abril de 2015

ciências 1 bimestre-2015




Durante décadas, os astrônomos têm procurado por um mundo como o nosso fora do sistema solar que poderia abrigar vida extraterrestre.

E agora eles anunciaram que encontraram um que possui 1,1 vezes o tamanho da Terra e orbita uma estrela que está a apenas 490 anos-luz de distância do nosso planeta.

Chamado de Kepler-186F, o planeta é o primeiro a ser descoberto com as condições adequadas para a água líquida existir em sua superfície, o que significa que ele poderia suportar a vida alienígena também. A descoberta foi feita por uma equipe de astrônomos liderada por Elisa Quintana, do Instituto SETI da NASA Ames Research Center, que estudou por meio de dados planetários de Kepler, o telescópio espacial da Nasa.
 
 
Clique aqui para ver:planeta girando 9 no tamanho original
 
 
Até o momento, o telescópio havia encontrado centenas de planetas, mas a maioria eram mundos inabitáveis que eram muito grandes ou orbitavam muito perto de sua estrela-mãe para serem habitáveis. A descoberta de Kepler-186F, portanto, é um grande marco nesse campo de busca.
 
 
 
 
Zonas habitáveis são regiões em torno de uma estrela onde a temperatura é apenas adequada para se formar água. A Terra, por exemplo, fica quase no meio da zona habitável do Sol. Como nosso planeta é conhecido por ter vida, é lógico que um planeta semelhante também pode ser habitável. Isso poderia fazer com que Kepler-186F seja o primeiro mundo que descobrimos que poderia abrigar vida como a conhecemos.
Para determinar a localização da zona habitável de uma estrela, os cientistas têm que primeiro saber qual o total de radiação que ela emite. E em seguida, então, estimar uma região que não pode ser muito quente ou muito fria para que a água possa se formar.
 
 
 
O diagrama compara os planetas do nosso sistema solar ao de Kepler-186, um sistema de cinco planetas com a distância aproximada de 490 anos-luz da Terra, na constelação de Cygnus. Os cinco planetas do Kepler-186 orbitam uma estrela classificada como um anã M1, medindo metade do tamanho e da massa do Sol.

"Ao tomar o nosso planeta como um exemplo, percebemos que a água é muito importante para a vida," disse o Dr. Steve Howell, um dos principais autores do estudo que descobriu Kepler-186F e um cientista da missão Kepler.
 
O observatório espacial Kepler, nomeado em homenagem ao astrônomo alemão do século XVII, Johannes Kepler, foi lançado em 7 de março de 2009 para digitalizar uma parte da Via Láctea e procurar planetas do tamanho da Terra que pudessem abrigar vida. Os dados do telescópio Kepler mede, ao mesmo tempo e continuamente, o brilho de mais de 150.000 estrelas a cada 30 minutos.
"Kepler-186F está na distância certa da estrela para poder ter água se formando”, afirma Thomas Barclay, um cientista da pesquisa da missão Kepler e outro autor no papel de anunciar a descoberta do planeta. Barclay estava envolvido na modelagem do planeta e em discernir o que seria a semelhança com a Terra. "Olhamos para o tipo de luz que vem da estrela, que é um pouco mais vermelho do que o nosso sol", explica ele. “Então tentamos cobrir o planeta à cor da luz certa, de modo que o planeta parece um pouco mais alaranjado. Nós tentamos descobrir qual o tipo de cor que o oceano teria, no caso, com menos luz, o azul seria um pouco mais opaco, e não uma cor brilhante como tem o nosso planeta”.
 
 
 
Fizeram uma imagem de Kepler-186F baseada no que os astrônomos esperam que possa ter. A vida vegetal é amarelada devido à forma em que se reflete a luz da estrela, mas a água e as nuvens provavelmente seriam um pouco mais laranjas, de acordo com Thomas Barclay.
 
Tanto Barclay como Howell afirmam que este mundo é, provavelmente, mais como um primo da Terra do que um irmão gêmeo. Tem características semelhantes, mas orbita uma estrela diferente. Com os futuros telescópios como o James Webb Space Telescope da NASA, que será lançado em 2018, poderemos ser capazes de observar as atmosferas de planetas como estas mais perto de nós e descobrir se elas têm composições químicas semelhantes ao nosso. Isso definitivamente nos dará respostas sobre a forma como outros mundos habitáveis são.
 
"Nos próximos 20 anos, eu diria que há uma chance de 80% de encontrarmos um planeta habitável definitivo em nossa vizinhança”, explica o dr. Howell. "Se olharmos para todos os planetas, não veremos cidades, litorais ou campos verdes, mas acho que nós temos uma boa chance de ver o vapor de água e isso é o que nos faz acreditar em vida além da Terra".
 
 
comentário!!!
Não é de hoje que os seres humanos procuram por vida em outros planetas. 
Pesquisadores afirmam que algumas inscrições de a.C. já sugeriam a existência de seres vivendo no espaço. O Instituto Seti, nos Estados Unidos, foi criado para pesquisar vida fora da Terra. Nem todo mundo pensa nisso o tempo todo, mas quando alguém toca nesse assunto a maioria das pessoas acaba se envolvendo e manifestando sua opinião. Não dá para negar: nós, somos aficionados pela busca de vida extraterrestre. A quase certeza de que não podemos estar "sós" num Universo tão grande faz parte da nossa cultura. As pessoas já esperam que, mais cedo ou mais tarde, a notícia de que foi descoberto um planeta com vida, além da Terra vai surgir. Assim, a  descoberta desse planeta gera uma grande expectativa.
É claro que, hoje em dia, ninguém mais espera seres verdes e com antenas, mas a busca dos "aliens" continua presente tanto na cultura "pop" como no meio científico.