domingo, 18 de maio de 2014

ética e cidadania 2 bimestre - 2014

AULA DE ÉTICA NA ESCOLA OU NO CONGRESSO NACIONAL? 

Projeto de lei torna obrigatória aula de ética, cidadania e política nas escolas. Aprovado no Senado, ainda deverá ser votado pela Câmara dos Deputados. O projeto prevê a inclusão de duas novas disciplinas obrigatórias – Cidadania Moral e Ética, no ensino fundamental, e Ética Social e Política, no ensino médio. De autoria do senador Sérgio Souza (PMDB-PR), o projeto modifica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) para reintroduzir no ensino duas disciplinas semelhantes à antiga Educação Moral e Cívica. Recebido pela secretaria-geral da Mesa no dia 11 de dezembro a proposta só receberá numeração no reinício dos trabalhos parlamentares, em 2 de fevereiro.
O parlamentar que propôs o projeto, em matéria ao site Instituto Brasil Verdade, disse: “Dessa forma, estaremos oferecendo à sociedade instrumentos para o fortalecimento da formação de “um melhor” cidadão brasileiro, por um lado, pela formação moral, ensinando conceitos que se fundamentam na obediência a normas, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos; de outro, pela formação ética, ensinando conceitos que se fundamentam no exame de hábitos de viver e do modo adequado da conduta em comunidade, solidificando a formação do caráter.”
O senador afirmou ainda à Gazeta do Povo, no dia em que o projeto foi aprovado pelo Senado, que o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal e o escândalo do envolvimento do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos geraram um ambiente favorável à aprovação do projeto, pois são “desvios que aconteceram também em função de erros dos eleitores nas escolhas de seus representantes. Vivemos um momento em que a discussão se torna oportuna”.
São as crianças e jovens na escola que estão precisando fortalecer o caráter? Ou a ética  deveria ser objeto de um curso obrigatório no âmbito do Congresso Nacional?
A solução para os problemas éticos e morais deve ser encarada de frente, mas, vamos combinar, a escola já está repleta de responsabilidades e os jovens já carregam nos ombros o peso de muitas incumbências. Um estudante de ensino médio tem de cursar, obrigatoriamente, treze disciplinas nas quatro horas diárias de aula. Convenhamos, é uma gincana.
O que os nossos congressistas devem fazer é  criar uma forma de ampliar as horas diárias nas escolas e fazer com que elas sejam mais eficazes para que crianças e jovens tenham mais oportunidades na vida. Quanto ao  projeto do senador do PMDB que seja implantado sim, mas no Congresso Nacional, como exigência para que o deputado ou senador eleito tome posse. Afinal, diante de tantos desmandos é terrível ouvir que a culpa é do cidadão que não aprendeu bem a lição na escola e, como disse o proponente do projeto, vota em péssimos representantes. Terrível.
COMENTÁRIO!!!
Aulas de ética são muito mais necessárias no congresso,do que nas escolas. Por parte dos nossos congressistas,não há compromisso,com ética,moral e bons costumes.Legislam em causa própria,misturam o público com o privado, voto secreto , são aberrações que deveriam acabar...
Todo político, seja ele vereador, prefeito, senadores, governadores, deveriam, obrigatoriamente, antes de serem diplomados,  ter  palestras, com, no máximo, 10% de ausência, sobre ética, cidadania e moral na vida pública e particular. Aquele que se recusar em fazê-lo deveria ter seu nome divulgado para população. Talvez, com isso, eles tenham um puco de sinceridade. 
    Em algumas escolas tem aula de filosofia , e muitas vezes entra o assunto ética e cidadania ou assuntos relacionados. Concordo que nas escolas poderia ter aula de ética e cidadania, queremos um pais melhor, pois talvez iremos aprender a escolher melhor nossos políticos no futuro , afinal são eles que vão controlar nosso pais , nossa segurança nas ruas ou até mesmo dentro de casa. 









política 2 bimestre - 2014

Lobbies ameaçam Lei Cidade Limpa em São Paulo

Projetos analisados pela Câmara dos Vereadores criam exceções na lei para diversas categorias
Nove projetos em análise na Câmara de São Paulo criam exceções na Lei Cidade Limpa para hotéis, igrejas, táxis, estádios de futebol, casas de shows, viações de ônibus, entidades filantrópicas e metrô. As propostas, encabeçadas por alguns dos vereadores mais influentes, têm o apoio de sindicatos do comércio e de agências de publicidade interessadas em flexibilizar a legislação que vetou, a partir de 2007, a propaganda nas ruas de São Paulo.
Até o fim da pesada multa, de R$ 10 mil, que seria substituída por advertência, está sob a análise. O vereador Police Neto (PSD) é contrário às mudanças.
— Não se pode prejudicar uma política pública que se tornou referência no mundo inteiro em favor de interesses individuais.
Chefe da fiscalização da Lei Cidade Limpa entre 2008 e 2012, José Rubens Domingues avalia que a lei já perdeu sua abrangência antes mesmo das mudanças via Legislativo.
— Os agentes das subprefeituras não estão mais mobilizados em fazer cumprir a regra contra a publicidade.
Quando entrou em vigor, a Lei Cidade Limpa, a lei foi alvo de mais uma centena de ações judiciais, todas derrotadas na Justiça, que considerou constitucional a lei. O lobby contra a lei agora mudou dos tribunais para a Câmara, e os argumentos citam os milhões que se pretende arrecadar com as brechas na legislação muitas vezes sob a justificativa da filantropia.
Eduardo Tuma (PSDB), líder da Frente Parlamentar Cristã, que reúne 17 dos 55 vereadores, afirma, por exemplo, que só o Palmeiras poderá lucrar mais de R$ 300 milhões, pelo período de 20 anos, caso projeto de sua autoria que libera a volta da publicidade nas áreas externas de estádios e casas de show seja aprovado.
— A lei como ela é hoje é absolutista e ditatorial. Ela precisa se adequar à realidade. 
Do partido do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), criador da Lei Cidade Limpa, o vereador Goulart (PSD), terceiro mais votado, defende a liberação para as viações de ônibus e perueiros.
— Isso geraria uma receita de R$ 519 milhões e que poderia custear o tão sonhado passe-livre para os estudantes.
A Abrasel (Associação Brasileira dos Bares e Restaurantes) e o Sepex (Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior do Estado de São Paulo) apoiam mudanças na lei. João Silva, presidente do Sepex, explica que a flexibilização poderia ser positiva.
— Hoje a publicidade poderia ajudar os moradores dos prédios a bancar o aumento do IPTU que vai chegar no ano que vem. Muito condomínio recebia R$ 25 mil por mês pelo anúncio.
Silva diz que "quem sofre hoje com a lei é o pequeno comerciante, que tem fachada pequena e não tem como colocar um indicativo para dizer que ali tem um mercadinho". A mesma opinião tem Percival Maricato, diretor jurídico da Abrasel.
— Sou a favor da flexibilização. Mas com uma padronização rigorosa dos indicativos que seriam liberados.
COMENTÁRIO!!! 
 Eu concordo que não é muito justo mudar uma lei para coisas individuais, mas se a Lei Cidade Limpa.
   Nos ônibus, poderia gerar um dinheiro extra para permitir o passe livre para os estudante. Além disso, a reportagem menciona algo que é certo.  A publicidade não é usada só para fazer propaganda de produtos, mas também para sinalizar onde existem lojas, lanchonetes e até banheiros. Na minha opinião, a Lei Cidade Limpa, de São Paulo, realmente precisa ser mudada, não totalmente, mas somente o necessário para manter a cidade de São Paulo limpa.